Os incêndios

Ano após ano vamos assistindo a uma mediatização cada vez maior deste flagelo. As televisões aproveitam cada labareda, cada lágrima de quem perdeu tudo, cada desgraça pessoal para tentarem acrescentar um pontinho na guerra das audiências.

Os pirómanos, embevecidos por verem o "fantástico" resultado do seu labor com honras de abertura de telejornais, cada vez se acicatam mais!

"Hoje foste tu a abrir o telejornal...amanhã hei-de ser eu" - é como imagino os diálogos entre eles...

Enquanto houver concursos para as melhores imagens dos incêndios como o que decorre na SIC, vai haver mais motivos para os pirómanos actuarem. É absolutamente vergonhoso o que esta estação está a promover!

Só há uma maneira de acabar com isto. A bem ou a mal, tem de deixar de haver publicidade aos fogos. Eu explico... resolver o assunto a bem significaria um entendimento entre os orgãos de comunicação, a começar pelas televisões, de modo a banir toda e qualquer referência a incêndios. Resolver o assunto a mal significa que haja coragem do poder político para IMPOR a censura a este assunto, a bem de todos nós. Se nenhuma destas medidas for tomada, o problema poder-se-à auto-resolver em poucos anos....quando o país tiver ardido todo....

Ingredientes I

Hoje o post é dedicado a uma das coisas mais importantes na minha cozinha: o piri-piri.

Este "Quinta d'Avó" é simplesmente soberbo. O meu Pai descobriu-o no Jumbo e há diversas variedades (em azeite, em whisky ou em aguardente).

Depois de os ter experimentado todos, rendi-me a este aqui ao lado: Jindungo em Aguardente.

Aromatiza de tal maneira os pratos e é tão suave na maneira como pica na língua que se torna indispensável à mesa.

Tomatina

Como estamos no Verão, vou abrir as hostilidades com uma salada.

Eu sempre detestei tomates, mas desde que o António me ensinou a fazer esta salada rendi-me definitivamente aos encantos deste vegetal!

Eu prefiro os tomates "chucha" porque têm um formato que permite cortar as fatias inteiras e isso faz com que a travessa fique bem mais bonita.

Os tomates devem estar maduros e com algumas horas de frigorífico de maneira a estarem rijos na altura da preparação. É fundamental ter uma faca extremamente bem afiada.

Começamos por espalhar sal grosso e oregãos no fundo de uma travessa. Em seguida, laminamos o tomate como se de carpaccio se tratasse e vamos dispondo as fatias (uma a uma) na travessa, cuidando que fiquem bem espalhadas. Sendo necessário acrescentamos mais umas pedras de sal e umas folhas de oregãos. Quando tenho paciência, pico muito finamente uns dentes de alho e junto ao sal e aos oregãos em cada camada, mas funciona lindamente sem isso!

Depois de os tomates estarem laminados, faz-se o mesmo a uma cebola média cortada a meio. É conveniente massajá-la de modo a separar os aneis (os olhos também comem...e de que maneira!) e espalham-se estes por cima das fatias de tomate.

Em seguida, rectificamos o sal, os oregãos e o alho e regamos abundantemente com um bom azeite virgem e acrescentamos a dose ideal de um vinagre de vinho branco (de preferência aromatizado com oregãos).

Hoje utilizei esta salada para acompanhar umas fatias de entremeada muito bem temperada com sal e piri-piri e grelhada na brasa.

A sobremesa foi um gelado de chocolate com pedaços do mesmo do Pingo Doce, que supera de longe os das supostas "boas" marcas!

Um branco alentejano foi o que nos levou a chorar por mais!

Até à próxima!

Carta de intenções

Pois bem....

Com este já irei no quinto ou sexto blog! Todos os anteriores se foram depauperando devido à falta de paciência minha e/ou de assuntos com interesse.

Espero que este, uma vez que trata de uma das minhas grandes paixões, tenha melhor sorte e maior longevidade.

Aqui penso ir partilhando receitas, técnicas e truques para servir um bom jantar, desde a confecção à apresentação, tudo sob um queer eye....

A ver vamos se tem sucesso!